Arquivos por ano 2018

SENTIMENTOS NEGATIVOS ADOECEM   

SENTIMENTOS NEGATIVOS ADOECEM       

Imagine que existe um ponto dentro de você capaz de melhorar sua energia vital, capaz de te tornar mais forte através do fortalecimento de seu sistema imunológico… agora pare de imaginar e saiba que esse ponto existe e ele pode  ajudar significativamente sua saúde: conheça seu chakra cardíaco.

As pessoas costumam dizer que o ódio, a mágoa (incluo também o pessimismo) fazem adoecer, no entanto, as pessoas talvez não imaginem a veracidade “fisiológica” dessa crença.  E a explicação para os malefícios dos sentimentos negativos está numa glândula minúscula, mas de gigantesca importância para nossa saúde, chamada timo.

O timo (thymus em grego)  significa  alma, coração, emoção, espirito. De acordo com o autor Fausto, essa pequena glândula (através da timosina) é responsável pela produção e maturação dos linfócitos T, sendo assim, fundamental para a resposta imunitária do organismo, ou seja, nossa defesa.

Muito interessante citar que essa glândula está diretamente relacionada ao chakra cardíaco, um dos pontos de energia primordiais para nossa energia vital. Esse chakra está diretamente ligado a vontade de viver e, não por acaso,  está diretamente relacionado a capacidade de amar e ter compaixão.

Segundo vários autores, entre eles Ramos, Meadow, Wauters a abertura ou ativação desse chakra torna a pessoa mais receptiva à vida, mais feliz, tolerante, acolhedora, menos julgadora e geradora de amor e paz. Mais que isso, a abertura desse chakra, à prática do amor, da benevolência, fortalece a glândula do timo, fortalecendo consequentemente nosso sistema imunológico.

Portanto, o amor, a tolerância, a compaixão, o perdão, o cultivo de pensamentos bons e positivos são sim “antídotos” eficientes para seu sistema cardíaco e imunológico. E tudo isso depende de atitudes e exercícios diários de aprimoramento, e auto conhecimento pois diariamente somos testados e colocados à prova na nossa capacidade de resistirmos aos nossos instintos mais primitivos de raiva, intolerância, julgamento, mágoa, pessimismo etc.

Segundo Freud “ a inteligência é o único meio que possuímos para dominar nossos instintos”. Então coloque sua cabeça para funcionar, não permita que seu cérebro fique à deriva remoendo pensamentos e mágoas passadas; pratique mais a tolerância (cada um carrega uma história que você pode desconhecer), exercite o otimismo e a gratidão.

Claro que não é fácil, somos seres humanos e estamos aqui para aprender e evoluir; mas lembre-se é nas dificuldades que crescemos. Se fosse fácil, a vida não seria tão preciosa como é.

Namastê e até a próxima!!

Ms. Alessandra Cerri;

sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP), mestre em educação física, pós-graduada em neurociência aplicada à longevidade, pós-graduanda em psicossomática 

                          

MULHERES E A SUA JORNADA PELA VIDA

MULHERES E A SUA JORNADA PELA VIDA

Essa semana deparei-me com uma citação de Strickland Gillian: “Você pode ter baús cheios de joias e arcas cheias de ouro; riquezas materiais sem fim. Mais rico, do que eu você nunca será – eu tive uma mãe que lia para mim.”

Nesse instante fiz um resgate e voltei ao tempo, lembrei, então, da menina que habita meu ser e que me transportou aos momentos vividos na fazenda de meu avô, com os afazeres domésticos, do campo e as tarefas escolares, que culminavam com o aconchego das contações de histórias de minha mãe, nas tardes primaveris embaixo do tamarindeiro, responsável pela imensa sombra na grama macia. Assim, posso considerar-me rica, pois tive uma mãe que lia para mim, uma mulher que enviuvou cedo, tendo em seus braços quatro filhos pequenos, continuou sua jornada como guerreira, mulher, mãe, filha, profissional exemplar. Uma mulher em sua jornada pela vida, como tantas outras, que quer apenas VIVER e ser feliz.

Acho pertinente, convidar Susan Maushart para contribuir com essa reflexão sobre a representatividade desse VIVER para nos MULHERES. Em suas pesquisas, a autora citada, constatou que as mulheres querem:

  • A liberdade de decidir, elas mesmas, como viver, com autonomia para suas próprias escolhas, entendendo que não precisa se obrigar a uma escolha definitiva;
  • A possibilidade de serem quem são – e de serem exaltadas por isso à noite e valorizadas por isso de dia;
  • Querem contar com as infinitas possibilidades e gerenciá-las para uma vida feliz, satisfatória e significativa;
  • Dentro dessas perspectivas, querem formular a sua própria definição de felicidade, levando em conta o alerta de Debora Dubner: “Não há verdade única, tempo certo ou opinião soberana. Somos pequenos raios de coloridas mandalas que reluz perspectivas e verdades relativas.”

 

Talvez esse Viver para as mulheres, com suas buscas constantes, esteja na capacidade de reconhecermos o viver em todas as suas nuances: menina e mulher; mãe e filha; esposa, amante e profissional; com TPM, sem TPM; na menopausa ou não. Todas buscando a plenitude da vida entre o doar e receber; pedir e agradecer; amar e odiar; ser forte e ser frágil, caminhar e parar; seguir adiante e dar um passo para trás; falar e silenciar; cansar e energizar; sorrir e chorar; buscando compreender a dualidade e paradoxos da vida, pois como nos diz Claudia Riecken, “os melhores sobreviventes e os mais resilientes vivem bem com essas características duais, paradoxais. São capazes de migrar entre elas, conforme a necessidade, porque estão mais em contato com sua natureza essencial (…) a alma é livre para seguir qualquer caminho.

Quanto há na essência de cada MULHER!

Não importa quantos anos de vida ela tenha, todas querem viver plenamente cada dia, acolhendo sua sombra e deixando sua essência e seu brilho resplandecer, pois quando optamos por viver do modo mais pleno e iluminado possível, muitas outras pessoas que estiverem por perto serão contagiadas, se assim, se permitirem.

Desta forma, acredito, encontramos os passos que ancoram nossa jornada como Mulheres!

 

            Maristela Negri Marrano

Sócia-Diretora do CLAP – Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba

maristela@centroclap.com.br

 

 

SOMOS VASOS QUEBRADOS

SOMOS VASOS QUEBRADOS

Gosto muito da sabedoria oriental e, uma das que mais me encanta é a que está por trás da técnica kintsukuroi. Essa técnica, diz respeito à recuperação de louças quebradas com uma espécie de tinta de ouro realçando as rachaduras e remendos.

Constantemente buscamos perfeição; buscamos perfeição na nossa estética tentando esconder através das mais variadas técnicas e procedimentos nossas imperfeições obtidas com o passar do tempo; buscamos perfeição das pessoas que estão ao nosso lado e buscamos perfeição em nossos afazeres e em nossas rotinas.

No entanto, a beleza deveria estar justamente na imperfeição; é exatamente a imperfeição que mostra que as coisas, as pessoas ou as relações viveram experiências, tiveram histórias que deixaram marcas.

Se deixarmos um prato guardado num armário fechado a sete chaves, intocável, com certeza ele não terá nenhuma rachadura, nenhum arranhão. No entanto, ele não participou efetivamente de nenhum evento, não serviu nenhuma comida carinhosamente preparada, não esteve em nenhuma mesa “presenciando” o afeto vindo de uma refeição entre pessoas queridas.

E assim somos nós; se não convivermos ou não nos envolvermos diretamente com as pessoas, provavelmente, não teremos nenhuma “rachadura”, nenhum desentendimento, mas também não teremos enfrentado nenhum aprendizado de tolerância, não teremos vivenciado nenhum momento de afeto, de alegria, de troca de experiências, ou seja, não teremos criado laços ou construído histórias com ninguém.

E, se o seu vaso com alguém estiver com rachaduras… ótimo!!! Significa que é uma relação de verdade, pois relações perfeitas demais significam superficialidade. Toda vez que estamos nos relacionando de verdade com as pessoas estamos expondo nossos defeitos e, estamos buscando entender os defeitos dessas pessoas, erraremos e perdoaremos os erros simplesmente porque queremos e valorizamos esse vaso rachado e o queremos conosco apesar de tudo.

Nosso corpo, enquanto vaso também precisa ter suas “trincas” de ouro, porque significa que estamos vivos. Estamos numa caminhada e, embora possamos nos machucar, quando eventualmente tropeçarmos, ainda sim os machucados e as marcas do tempo são melhores do que o não viver.

O grande fundador da psicologia analítica Carl Gustav Jung em seus trabalhos comenta que “Ninguém pode fazer história se não quiser arriscar a própria pele, levando até o fim a experiência da própria vida…”

Então, sejamos mesmo vasos quebrados com remendos, porque esses remendos tanto os nossos, quanto o dos outros nos indicam que ainda vale a pena consertar; ainda vale a pena continuarmos caminhando, vivenciando experiências e acima de tudo, constatando que a perfeição não existe; ela é apenas uma necessidade nossa de ter controle sobre tudo e sobre todos.

Viva sem medo de entregar-se.  Até a próxima,

Namastê!!!

 

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP), mestre em educação física, pós-graduada em neurociência aplicada à longevidade, pós-graduanda em psicossomática  

PERTO DO MAR A GENTE É MAIS FELIZ

PERTO DO MAR A GENTE É MAIS FELIZ

A água do mar melhora nossa saúde física, psíquica, mental e espiritual.

 

Manhã de novembro entre amigos, maduros e já vividos, curtindo o gostoso feriado na praia, envolvidos pelo ar “marinho”, esquecendo-nos dos nossos compromissos, horas marcadas, ritmo acelerado da cidade. Aproveitamos a manhã ensolarada para uma caminhada contemplativa sobre a areia fina e macia, entre a multiplicidade das conchas, diversidade da vegetação, enfeitiçados pelas ondas, pelo vento, pelas gaivotas no ar a espreita de seu desjejum. Colocando a conversa e as risadas em dia, não percebemos o tempo passar, pois estar no mar, faz com que nos sintamos imunes à passagem do tempo e quando nos demos conta, nosso estômago já estava a reclamar pela hora do almoço.

Chegando ao restaurante, simples, aconchegante, com toalhas de chita colorindo o ambiente, deparamo-nos com a seguinte citação: “Perto do mar a gente é mais feliz”, não mencionava o nome do autor. A respectiva frase tocou minha alma, instantaneamente fechei meus olhos,  os sentimentos, as sensações fluíram com precisão e simplicidade, trouxe-me mais intimidade, deixando-me mais desperta para resgatar o momento e a percepção dos benefícios de estar no mar.

O prazer do sol aquecendo minha pele, o cheiro do mar, o barulho do vai e vem das ondas, o cantarolar dos pássaros, percepções que nos induzem ao relaxamento, a introspecção, ao encontro consigo mesma. Ao descansar e repousar o meu olhar e todo o meu corpo no horizonte azul que desponta a minha frente, unindo o céu e o mar, minha mente desperta e eu me deparo com a imensidão, com a grandeza do Universo que nos acolhe, com as infinitas possibilidades, um momento de transcendência do ser, da compreensão de que fazemos parte de um todo, uma rede de conexão que nos conecta a tudo e a todos. Estar junto à natureza faz com que a gente se sinta conectada com nossa essência, e essa conexão nos deixa mais felizes.

Viver perto do mar melhora de maneira significativa a nossa saúde física, psíquica e mental, revela o estudo desenvolvido pela Universidade de Exeter no sudoeste da Inglaterra. Um banho de mar lava o nosso corpo e a nossa alma, reduz os níveis de estresse e garante melhor qualidade de vida, pois o “segredo” está na composição de grandes massas de água salgada: cloreto de sódio, magnésio, cálcio e sulfatos.

Vários estudos (Universidade da Califórnia – EUA; Hospital Royal Prince Alfred – Austrália; Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Brasil), comprovam que a água do mar traz muitos benefícios para a nossa saúde, fortalece o sistema imunológico, traz alívio para o nariz e pulmão, pois a inalação de uma solução de água salgada resulta em muco nasal mais fino, redução de tosse e melhoria das funções pulmonares. Contribui com a redução da dor em doenças crônicas, já que o contato com a água fria permite liberação de hormônios (endorfinas, adrenalina, cortisol) e consequente alivio da dor. A água marinha também é excelente para a saúde da pela, devido às propriedades antissépticas da água salgada para curar feridas e aliviar inflamações. Ao mergulhar no mar, o sal restaura nossas energias, diminui a depressão e nos proporciona uma deliciosa noite de sono.

Os sons do mar ativam o córtex pré-frontal do cérebro, área associada a emoções e autorreflexões, fazendo com que a capacidade de bem-estar e autoconhecimento seja ampliada, favorecendo a sensação de paz e equilíbrio, como um maravilhoso presente do mar.

Sejam todos bem vindos ao mar!

Gratidão.

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

 

HEROÍNAS QUE NOS INSPIRAM E ENSINAM

HEROÍNAS QUE NOS INSPIRAM E ENSINAM

Acredito muito nas quatro leis da espiritualidade ensinadas na Índia e, semana passada uma delas ficou muito evidente para mim. “A pessoa que vem é a pessoa certa.” As pessoas que interagem conosco tem uma razão de estar em nossas vidas e temos que estar com elas, pois de uma forma ou de outra elas nos ajudam a crescer e evoluir. Pois bem, semana passada, duas situações me deixaram isso muito claro. Estava eu na sala de espera de um hospital para fazer uns exames de rotina e na longa espera uma mulher (Tais) e uma menina (Julia), muito iluminadas, param ao meu lado e começamos conversar. Logo percebo que as enfermeiras e funcionários desse hospital param e cumprimentam a menina sempre com muito carinho e proximidade; na hora pensei “ela deve vir sempre aqui pois, conhece todo mundo” eis que então a mãe começa a relatar a história dessa menina que nasceu com paralisia cerebral, já passou por diversos procedimentos e, recentemente passou por uma cirurgia corretiva no pé e mês que vem passará pela tão esperada cirurgia cerebral que irá diminuir os danos causados por esse problema que implicam em constantes ataques epiléticos. Fiquei comovida com essa mãe me contando a luta incessante que a família está enfrentando para oferecer o melhor para a guerreira Julia. Fiquei encantada pela maneira como mãe e filha contavam suas histórias, de uma maneira leve, sempre sorrindo e agradecendo por todas as vitórias já conquistadas nessa batalha. Fui tocada profundamente pela fé inabalável de que daqui há algum tempo elas estarão comemorando o sucesso dessa cirurgia cerebral com uma festa de 15 anos. Desde aquele dia rezo todos os dias por Julia e a mentalizo linda em sua festa tão sonhada. No mesmo dia (sim pasme, no mesmo dia) fui almoçar com outra guerreira: Ana Angélica uma amiga muito querida que lutou heroicamente contra um câncer, vencendo batalhas que emocionam a todos que estão a seu redor e motivam os que precisam encontrar forças. Pois bem, nesses dois encontros fui sensibilizada pela força dessas mulheres: Julia, Tais e Ana Angélica. Mulheres que estão passando por momentos decisivos em suas vidas, momentos pesados, sofridos e mesmo assim têm um sorriso nos lábios, um olhar amigo e um semblante de esperança que nos dá a certeza que vencerão.

À noite, fazendo meus agradecimentos lembrei me delas e agradeci demais por esses encontros, pois me confirmaram algo que vejo na teoria e  que acredito muito: o ser humano é integrado, suas crenças positivas somadas à sua espiritualidade, ao valor dado às pessoas ao redor, são ferramentas que nos fortalecem e que nos auxiliam a passar por momentos difíceis de forma mais leve e confiante. Percebi também que ser positiva e amável faz parte de um perfil que devemos aprender a alimentar diante de qualquer situação. Essas três mulheres tiveram sempre uma palavra gentil às pessoas que as cercavam não interessava se era uma enfermeira que vinha fazer um curativo dolorido, um garçom que trazia um pedido errado, ou alguém que vinha simplesmente conversar. São pessoas que lutam suas batalhas pessoais, mas ainda assim distribuem gentilezas, sorrisos, dando demonstração de fé e oferecendo lições de vida para aqueles que queiram ver. Por isso resolvi dividir essas histórias com você, para reforçar sua fé (seja ela qual for), lembrar-te do valor das pessoas que estão ao seu redor (cada um a sua maneira pode contribuir para sua evolução e aprendizado), e lembrar-te da importância do seu sorriso e otimismo (eles diminuem o medo, auxiliam a melhorar sua energia e geram reações benéficas em seu organismo). E para finalizar deixo você com uma outra lei da espiritualidade que diz “ Aconteceu a única coisa que poderia ter acontecido” ou seja, passamos pelo que temos que passar simplesmente porque estamos aqui para aprender, evoluir e crescer. E isso nos ajuda a entender que toda situação tem o seu porque, nos ajudam a olhar para frente sem ficar remoendo e voltando constantemente ao passado.

Ou seja, vivamos a vida que temos, lutemos nossas batalhas acreditando em nós mesmos (não deposite seu êxito ou fracasso em ninguém), nas pessoas que estão ao nosso redor e, claro, numa força muito suprema que guia a tudo e a todos.

Namastê e até a próxima!!!

 Ms. Alessandra Cerri;

sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP) 

MUDE SUA ATITUDE, DESAPEGUE DE VERDADES PRÉ-CONCEBIDAS

MUDE SUA ATITUDE, DESAPEGUE DE VERDADES PRÉ-CONCEBIDAS

 

Imagine-se sentado a beira de um lago, observando o banho do

bem- te- vi, ele simplesmente se entrega ao momento, após um voo rasante, depara-se com a água. Delicia-se, aproveita o instante presente, não reclama se a água esta fria demais, quente demais, simplesmente se banha.

 

A natureza nos ensina, o agora alimenta as experiências do que vem a seguir. Seja o que for que acreditamos, isso se torna verdade para nós. Criamos determinados padrões de pensamentos, os quais se tornam a nossa realidade e às vezes essa realidade se torna pautada em lamentações, reclamações, vitimizações, pessimismo perante a vida. Wallace Liimma nos alerta: “se o seu canal mental está na frequência da reclamação e da vitimização, você vai continuar atraindo situações e experiências para a sua vida que vão reforçar esse padrão. A ciência comprova que atraímos para a nossa vida aquilo que nós somos, aquilo que acreditamos.”

 

E aí afirmamos e cantamos Dorival Caymmi: “eu nasci assim, eu cresci assim, eu sou mesmo assim, vou ser sempre assim…” nos acomodamos e não queremos sair da zona de conforto e nossa mente continua na frequência da reclamação e da vitimização, concentrando toda a atenção em olhar para o problema em vez de olhar para a solução.

Sintonize sua mente em soluções e acredite, elas de fato são possíveis.

John Milton já dizia: “a mente é um lugar em si mesma, e em si mesma pode fazer do céu, um inferno, e do inferno, um céu.” Pois bem, creio que todos nós preferimos fazer de nossa mente um céu, para tanto, faz-se necessário ter consciência dos nossos padrões de pensamento, e ter ciência de que os mesmos podem ser mudados, graças à neuroplasticidade (capacidade do cérebro de se adaptar a novas situações) e a neurogênese (nascimento de novos neurônios).

O que fazer então? Treine sua mente para criar novos hábitos, desenvolva uma atitude pró ativa e otimista perante a vida, saindo das reclamações, lamentações e vitimizações. Desapegue de verdades pré-concebidas, pois é em nossa própria mente que as mudanças acontecem. Já dizia Gandhi: “seja a mudança que você quer ver no mundo”, ou seja, a mudança começa dentro de cada um de nós!

Convite para hoje, caro leitor: mude a forma predominante como pensa hoje e se abra para as infinitas possibilidades!

 

Gratidão!

 

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

A VIDA E A CANECA            

   A VIDA E A CANECA     

Hoje ganhei uma caneca maravilhosa de uma aluna muito especial com uma foto linda da nossa turma, o presente me emocionou demais e me fez refletir muito sobre o valor de um presente; mais que isso, levou-me a fazer uma analogia com a vida…

O presente vale o quanto ele é capaz de emocionar, vale o quanto de afeto está embutido nele, não tem tanto a ver com o valor monetário. Bem assim é a vida, que em si já é o maior presente recebido e, que por “coincidência”, deve ser vivida no tempo verbal que tem esse mesmo nome: presente.

Como um presente, a vida vale a pena de acordo com o quanto somos capazes de nos emocionar com ela, o quanto somos capazes de gerar e receber afeto, com o quanto somos capazes de admirar o simples e o belo. Tem a ver com estarmos atentos ao presente e as sensações que podemos vivenciar.

 

Infelizmente, assim como acontece com os presentes, muitas vezes deixamos de dar valor a momentos simples e preciosos porque esperamos e valorizamos somente grandes e suntuosos momentos e eventos.

Claro que, assim como gostamos também de ganhar presentes bons e por vezes mais caros, apreciamos e trabalhamos para ter certo conforto e tranquilidade financeira, no entanto, esses gostos e valores não podem ser tão supervalorizados a ponto de nos tornar insensíveis às simplicidades e riquezas contidas nos milagres da vida como a beleza inigualável de uma rosa ou o prazer inebriante de um abraço numa pessoa querida.

Não espere grandes momentos para ser feliz, o acordar para um novo dia por si só já é um magnifico presente; olhe ao seu redor, valorize as pessoas que estão ao seu lado, não deposite sua felicidade em objetos, ou em momentos futuros, ela pode estar na sua frente, em pequenos momentos simples que por tantas vezes deixamos passar despercebidos.

 

Até a próxima!!!! Namastê

 

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP) 

CANTAR A VIDA E IR ALÉM DO QUE A ROTINA CONVIDA

Tínhamos acabado de sair da academia e estávamos voltando para casa, finalzinho de tarde e início da primavera. A respectiva estação faz com que nos deparemos com várias formas, perfumes, sabores, cores e sons. Isso nos mobiliza, aflora nossos sentimentos e percepções. Foi justamente um som específico que atraiu o olhar de meu filho Matheus, o qual imediatamente mudou o trajeto e caminhou em direção à praça, onde nos deparamos com algumas cigarras.

Matheus, desde pequeno, sempre teve um olhar diferenciado pela natureza, e logo observou no tronco de uma árvore, uma cigarra saindo naquele exato momento de sua “casca”, o exoesqueleto duro, que é responsável pela proteção interna do inseto. Mas, ao mesmo tempo em que protege, o exoesqueleto também limita o crescimento da cigarra, pois a mesma cresce e sua casca continua do mesmo tamanho, aí é necessário romper essa casca para que a cigarra desperte para a vida.

Meu filho logo me alertou sobre a beleza daquele momento e ambos registramos em nossas memórias e em nossos celulares esse milagre da natureza. A cigarra estava se desnudando, desapegando-se de sua casca,

permitindo-se florescer para o belo, para o novo, sentindo-se livre para voar, para cantar, encontrar outros caminhos diante a infinidade de possibilidades.

Ela prossegue sem medo do que esta por vir, simplesmente canta e vive intensamente seus instantes aqui na terra. Encantados com o momento, algo acontece, nossas almas se nutrem e saímos da casca, camada por camada, eu e meu filho despertamos o nosso sentir, para ir além do que a rotina convida, continuamos nosso caminho cantando a vida como a bela cigarra.

 

Gratidão!

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

A IMPERMANÊNCIA NA VIDA

A impermanência na vida

Já parou para pensar como tudo muda constantemente e, como o conceito da impermanência é verdadeiro? Será que tal entendimento pode nos auxiliar a viver melhor?

 

De acordo com esse conceito, nada é imutável ou dura para sempre e quando nos conscientizarmos disso entenderemos que a vida pode ser mais leve. Entenderemos que muitas coisas a que damos valor e gastamos grande parte de nossa energia como: dinheiro, juventude, status, poder, aparência, na verdade, são coisas que passarão e num determinado momento não nos  servirão mais ou,  simplesmente não as possuiremos mais.

 

Podemos verificar a veracidade desse conceito também, analisando um grande estudo conhecido como blue zones (áreas no mundo com as maiores concentrações de pessoas longevas, acima de 100 anos). Esse estudo mostrou os pontos mais importantes para se ter longevidade e qualidade na velhice e, curiosamente essas coisas tão valorizadas em nossa sociedade atualmente não entraram nessa lista.

Esse estudo cita que a aceitação da velhice e, as mudanças que ela determina, como um dos principais pontos para se ter um envelhecimento bem sucedido. Essa aceitação está relacionada ao conceito de impermanência, pois a medida que entendemos e, aceitamos que o passar dos anos implica alterações físicas e mudanças funcionais paramos de brigar com o tempo, seja através de exageros estéticos, seja através de negações ou lamentações e usamos nosso potencial de resiliência para viver a vida utilizando os recursos pessoais que temos.

O referido estudo mencionou ainda a importância de se cultivar relacionamentos com amigos e familiares, ter o hábito de práticas que acalmem a mente, ter uma alimentação saudável, cultivar espiritualidade/crenças e, estar aberto a pequenas mudanças (não ser rígido consigo mesmo, com os outros e com os pensamentos).

Esse tipo de comportamento evita muito dos problemas emocionais que algumas pessoas enfrentam como depressão, ansiedade e medos à medida que percebem que existem algumas “brigas” impossíveis de se ganhar, como a briga contra o tempo.

Nossa sociedade imediatista, altamente tecnológica e exibicionista  vive a vida em constante sentimento de perda de tempo, as informações correm em segundos e os níveis de ansiedade e depressão aumentam de maneira preocupante afetando nossa saúde e relações interpessoais.

Valorizar o momento presente entendendo que ele não voltará, viver a vida não se apoiando em valores irreais e passageiros como poder, status e dinheiro é ainda a melhor maneira de se viver e encontrar a felicidade real, aquela que vem da valorização das pequenas coisas e momentos simples como apreciar uma boa conversa, estar (verdadeiramente e não só fisicamente) com pessoas queridas, abraçar, dar uma boa risada, encantar-se com paisagens etc.

E aí pronto para aceitar esse conceito de impermanência e viver a vida mais intensamente, mais consciente e no presente? Permita-se! Namastê e até a próxima.

 

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP) 

 

ESCOLHAS DIÁRIAS NA PASSAGEM DO TEMPO

ESCOLHAS DIÁRIAS NA PASSAGEM DO TEMPO

A cada escolha feita, traçamos o caminho de nossas vidas.

A todo o momento fazemos escolhas, e ao fazê-las temos também que lidar com as consequências de cada uma delas, e a cada escolha feita, traçamos o caminho de nossas vidas.

O psiquiatra e psicólogo, Viktor Frankl, passou por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, submetido a torturas desumanas, viu sua família inteira ser executada e seus companheiros de prisão, cometer suicídio ou enlouquecer, nessas condições se deu conta de que os nazistas tinham roubado tudo dele, todas as opções e condições que assegura a liberdade humana, menos uma: a liberdade de escolher como reagir àquela situação. O mesmo nos diz: “Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se”.

Por que trouxe essa reflexão? Porque no decorrer de minha experiência de 14 anos com minhas alunas e meus alunos acima de 50 anos, ouvi e ouço relatos de experiências significativas de felicidade como também experiências significativas de tristeza e sofrimento.

Pude observar nestes relatos, questões que permeiam o passar dos anos e que representam a verdade da existência, pois são pessoas que possuem não só a história a ser contada, mas trazem consigo saberes vividos, a força em superar as adversidades da vida, e na medida do possível, buscar através do diálogo interno, recursos para continuar em sua jornada pela vida, com seus próprios desafios e oportunidades, aceitando as perdas, os ganhos, encantos, desencantos, refazendo crenças, transformando o olhar perante as situações, transformando a si mesma, entendendo que tudo faz parte da vida. As pessoas que se preparam para a velhice e se adaptam a mudanças fazem um melhor ajuste para essa fase da vida, pois a velhice deve ser vista como fase com potencial para o crescimento, assim como as demais fases do curso de vida. Que escolhas fazer para que possamos viver e consequentemente envelhecer bem? A pesquisadora Sueli Ap. Freire destaca algumas: ter um estilo de vida saudável, fortalecer as capacidades de reservas cognitivas do indivíduo por meio de atividades, aumentar a formação e manutenção de laços socioafetivos, ter flexibilidade individual e social, cultivar novos hábitos, aperfeiçoar as habilidades sociais, engajar-se em atividades produtivas e ter significado para a vida.

Caro leitor, quais são suas escolhas para o bem viver no dia de hoje?

Gratidão a todos!

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

FRANKL, V. E. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. [Tradução: Victor Hugo S. Lapenta]. Aparecida, SP: Idéias & Letras, 2005. 11ª edição.

 

FREIRE, S. A. Envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. In: NERI, A. L; FREIRE, S. A. (orgs). E por falar em boa velhice. Campinas, SP: Papirus, 2000.

 

MARRANO, M. N. 0. Corporeidade Idosa: o significado do envelhecer no discurso dos idosos da comunidade tirolo-trentina. Dissertação de Mestrado. Piracicaba: UNIMEP, 2006.