Arquivos por mês outubro 2018

CANTAR A VIDA E IR ALÉM DO QUE A ROTINA CONVIDA

Tínhamos acabado de sair da academia e estávamos voltando para casa, finalzinho de tarde e início da primavera. A respectiva estação faz com que nos deparemos com várias formas, perfumes, sabores, cores e sons. Isso nos mobiliza, aflora nossos sentimentos e percepções. Foi justamente um som específico que atraiu o olhar de meu filho Matheus, o qual imediatamente mudou o trajeto e caminhou em direção à praça, onde nos deparamos com algumas cigarras.

Matheus, desde pequeno, sempre teve um olhar diferenciado pela natureza, e logo observou no tronco de uma árvore, uma cigarra saindo naquele exato momento de sua “casca”, o exoesqueleto duro, que é responsável pela proteção interna do inseto. Mas, ao mesmo tempo em que protege, o exoesqueleto também limita o crescimento da cigarra, pois a mesma cresce e sua casca continua do mesmo tamanho, aí é necessário romper essa casca para que a cigarra desperte para a vida.

Meu filho logo me alertou sobre a beleza daquele momento e ambos registramos em nossas memórias e em nossos celulares esse milagre da natureza. A cigarra estava se desnudando, desapegando-se de sua casca,

permitindo-se florescer para o belo, para o novo, sentindo-se livre para voar, para cantar, encontrar outros caminhos diante a infinidade de possibilidades.

Ela prossegue sem medo do que esta por vir, simplesmente canta e vive intensamente seus instantes aqui na terra. Encantados com o momento, algo acontece, nossas almas se nutrem e saímos da casca, camada por camada, eu e meu filho despertamos o nosso sentir, para ir além do que a rotina convida, continuamos nosso caminho cantando a vida como a bela cigarra.

 

Gratidão!

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

A IMPERMANÊNCIA NA VIDA

A impermanência na vida

Já parou para pensar como tudo muda constantemente e, como o conceito da impermanência é verdadeiro? Será que tal entendimento pode nos auxiliar a viver melhor?

 

De acordo com esse conceito, nada é imutável ou dura para sempre e quando nos conscientizarmos disso entenderemos que a vida pode ser mais leve. Entenderemos que muitas coisas a que damos valor e gastamos grande parte de nossa energia como: dinheiro, juventude, status, poder, aparência, na verdade, são coisas que passarão e num determinado momento não nos  servirão mais ou,  simplesmente não as possuiremos mais.

 

Podemos verificar a veracidade desse conceito também, analisando um grande estudo conhecido como blue zones (áreas no mundo com as maiores concentrações de pessoas longevas, acima de 100 anos). Esse estudo mostrou os pontos mais importantes para se ter longevidade e qualidade na velhice e, curiosamente essas coisas tão valorizadas em nossa sociedade atualmente não entraram nessa lista.

Esse estudo cita que a aceitação da velhice e, as mudanças que ela determina, como um dos principais pontos para se ter um envelhecimento bem sucedido. Essa aceitação está relacionada ao conceito de impermanência, pois a medida que entendemos e, aceitamos que o passar dos anos implica alterações físicas e mudanças funcionais paramos de brigar com o tempo, seja através de exageros estéticos, seja através de negações ou lamentações e usamos nosso potencial de resiliência para viver a vida utilizando os recursos pessoais que temos.

O referido estudo mencionou ainda a importância de se cultivar relacionamentos com amigos e familiares, ter o hábito de práticas que acalmem a mente, ter uma alimentação saudável, cultivar espiritualidade/crenças e, estar aberto a pequenas mudanças (não ser rígido consigo mesmo, com os outros e com os pensamentos).

Esse tipo de comportamento evita muito dos problemas emocionais que algumas pessoas enfrentam como depressão, ansiedade e medos à medida que percebem que existem algumas “brigas” impossíveis de se ganhar, como a briga contra o tempo.

Nossa sociedade imediatista, altamente tecnológica e exibicionista  vive a vida em constante sentimento de perda de tempo, as informações correm em segundos e os níveis de ansiedade e depressão aumentam de maneira preocupante afetando nossa saúde e relações interpessoais.

Valorizar o momento presente entendendo que ele não voltará, viver a vida não se apoiando em valores irreais e passageiros como poder, status e dinheiro é ainda a melhor maneira de se viver e encontrar a felicidade real, aquela que vem da valorização das pequenas coisas e momentos simples como apreciar uma boa conversa, estar (verdadeiramente e não só fisicamente) com pessoas queridas, abraçar, dar uma boa risada, encantar-se com paisagens etc.

E aí pronto para aceitar esse conceito de impermanência e viver a vida mais intensamente, mais consciente e no presente? Permita-se! Namastê e até a próxima.

 

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP) 

 

ESCOLHAS DIÁRIAS NA PASSAGEM DO TEMPO

ESCOLHAS DIÁRIAS NA PASSAGEM DO TEMPO

A cada escolha feita, traçamos o caminho de nossas vidas.

A todo o momento fazemos escolhas, e ao fazê-las temos também que lidar com as consequências de cada uma delas, e a cada escolha feita, traçamos o caminho de nossas vidas.

O psiquiatra e psicólogo, Viktor Frankl, passou por quatro campos de concentração entre 1942 e 1945, submetido a torturas desumanas, viu sua família inteira ser executada e seus companheiros de prisão, cometer suicídio ou enlouquecer, nessas condições se deu conta de que os nazistas tinham roubado tudo dele, todas as opções e condições que assegura a liberdade humana, menos uma: a liberdade de escolher como reagir àquela situação. O mesmo nos diz: “Quando a situação for boa, desfrute-a. Quando a situação for ruim, transforme-a. Quando a situação não puder ser transformada, transforme-se”.

Por que trouxe essa reflexão? Porque no decorrer de minha experiência de 14 anos com minhas alunas e meus alunos acima de 50 anos, ouvi e ouço relatos de experiências significativas de felicidade como também experiências significativas de tristeza e sofrimento.

Pude observar nestes relatos, questões que permeiam o passar dos anos e que representam a verdade da existência, pois são pessoas que possuem não só a história a ser contada, mas trazem consigo saberes vividos, a força em superar as adversidades da vida, e na medida do possível, buscar através do diálogo interno, recursos para continuar em sua jornada pela vida, com seus próprios desafios e oportunidades, aceitando as perdas, os ganhos, encantos, desencantos, refazendo crenças, transformando o olhar perante as situações, transformando a si mesma, entendendo que tudo faz parte da vida. As pessoas que se preparam para a velhice e se adaptam a mudanças fazem um melhor ajuste para essa fase da vida, pois a velhice deve ser vista como fase com potencial para o crescimento, assim como as demais fases do curso de vida. Que escolhas fazer para que possamos viver e consequentemente envelhecer bem? A pesquisadora Sueli Ap. Freire destaca algumas: ter um estilo de vida saudável, fortalecer as capacidades de reservas cognitivas do indivíduo por meio de atividades, aumentar a formação e manutenção de laços socioafetivos, ter flexibilidade individual e social, cultivar novos hábitos, aperfeiçoar as habilidades sociais, engajar-se em atividades produtivas e ter significado para a vida.

Caro leitor, quais são suas escolhas para o bem viver no dia de hoje?

Gratidão a todos!

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

 

FRANKL, V. E. Um sentido para a vida: psicoterapia e humanismo. [Tradução: Victor Hugo S. Lapenta]. Aparecida, SP: Idéias & Letras, 2005. 11ª edição.

 

FREIRE, S. A. Envelhecimento bem-sucedido e bem-estar psicológico. In: NERI, A. L; FREIRE, S. A. (orgs). E por falar em boa velhice. Campinas, SP: Papirus, 2000.

 

MARRANO, M. N. 0. Corporeidade Idosa: o significado do envelhecer no discurso dos idosos da comunidade tirolo-trentina. Dissertação de Mestrado. Piracicaba: UNIMEP, 2006.

REVOLUÇÃO DA LONGEVIDADE

REVOLUÇÃO DA LONGEVIDADE    

O envelhecer não é mais como antes

Numa tarde de domingo, estava junto a minha mãe revendo o álbum  de fotos do casamento dela. Meus pais se casaram em 1964 e a foto de minha avó materna no álbum  chamou minha  atenção. Perguntei a minha mãe quantos anos minha avó tinha naquela época. E ela respondeu no auge de seus 87 anos: – “minha mãe tinha 62 anos quando me casei, e logo depois ela morreu.”  Levei um susto, pois na foto minha avó parecia ter muito mais.

A respectiva foto revelou que na década de 60, refiro-me a essa década por conta do ábum, as pessoas acima de 60 anos pareciam bem mais velhas. Hoje, uma pessoa de 60 anos, como dizem minhas (o) alunas (o), está na “flor da idade”. De 1940 a 2016 a expectativa de vida dos brasileiros ao nascer aumentou em mais de 30 anos e hoje, de acordo com o IBGE é de 76 anos.

Uma revolução ocorreu no último século, a revolução da longevidade, diz Alexandre Kalache, médico, especialista em envelhecimento e presidente da Aliança Global de Centros Internacionais de Longevidade. O envelhecer não é mais como era antes, pois os baby boomers, geração que nasceu no pós-guerra e que atualmente tem mais de 50 anos estão revolucionando a velhice. São pessoas com um maior nível de saúde e vitalidade, tem um padrão educacional mais alto do que seus pais e avós, tem voz ativa, são mais exigentes nas escolhas diárias, com os familiares e com os médicos. Muitas, de acordo com depoimentos de minhas (o) alunas (o), já vão ao consultório com pesquisas realizadas no “google” sobre determinados sintomas para “debater” com os médicos.

Muitos dos idosos dessa geração, aprenderam a dizer sim e também a dizer não, respeitando a própria vontade e priorizando o tempo para si mesmos, são pessoas que buscam ocupar suas vidas com inúmeras atividades, como educação, trabalho, atividades físicas, voluntariado, artesanato, bailes, viagens,  aprender uma nova língua, buscam atividades que desafiam a mente, pois acreditam que a longevidade está relacionada ao bem estar e ao estilo de vida que permita autonomia e independência, para ir e vir de acordo com suas próprias escolhas.

As pessoas desse segmento etário, chegaram numa fase em que com sabedoria e reflexão, conseguem abrir mão do que não é mais necessário, para seguirem adiante mais leves, mais conscientes de quem verdadeiramente são e qual caminho querem trilhar.  Querem viver com mais leveza e utilizar o tempo e energia com atividades e pessoas que enriqueçam o seu espírito e principalmente aproveitar o máximo o presente e os anos vindouros.

Sabemos que essa etapa da vida é multifacetada, heterogênea, não tive, como objetivo neste momento, tratar dos preconceitos, violências e discriminações sofridos ainda por muitos idosos, apesar de ter consciência dos inúmeros problemas relacionados ao envelhcimento, mas sim, reconhecer a possibilidade que temos em  trilhar um caminho possível de chegar à última fase da vida com autonomia, independência, mais plena e feliz.

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br

 

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA:

 

KALACHE, Alexandre. Brasil vive revolução da longevidade. Revista Veja, 26/08/2018.

MOTIVAÇÃO NA VIDA

MOTIVAÇÃO NA VIDA

Quem não se lembra da impressionante cena da maratonista suíça Gabrielle Andersen aproximando-se da linha de chegada, no limite de suas forças, cambaleando nas olimpíadas de Los Angeles em 1984?? O que explica tamanha determinação? Até que ponto podemos nos motivar?

Agora, imagine-se motivado e focado em suas metas. Talvez não seja tão impossível como você imagina…..

Motivação, na definição da palavra encontrada nos dicionários é “Conjunto de fatores psicológicos (conscientes ou inconscientes) de ordem fisiológica, intelectual ou afetiva, que agem entre si e determinam a conduta de um indivíduo.”

Se avaliarmos atentamente a palavra, podemos encontrar uma dica importante: motivação, necessariamente, exige ação. A partir disso, podemos entender que motivação é um conjunto de fatores, uma força que determinará uma ação ou a conduta de uma pessoa.

 

Sendo assim, para que haja ação precisa haver uma “ordem” determinando que íons sódio atravessem a membrana de neurônios que dispararão novos comandos para as células envolvidas na ação em si.

Mas, inevitavelmente, aparecem as perguntas: que força é essa?  E como eu posso encontrar essa força para alcançar meus objetivos?

Para responder a essas perguntas é importante entendermos que essa ordem é enviada pelo lobo frontal; nossa área operacional, executiva de planejamento, raciocínio e de coordenação de movimentos. Por esse motivo, os movimentos voluntários ou nossas ações/metas precisam, antes de qualquer coisa, ser “pensados, idealizados”.

Em seu livro “A Magia”, Rhonda Byrne comenta que para alcançarmos nossas metas e sonhos precisamos escrevê-los, visualizá-los, agradecê-los e sentirmos as emoções do mesmo se realizando. Do aspecto cerebral, é exatamente isso; precisamos planejar, definir, racionalizar nossas metas e, assim exigir que nosso cérebro se organize para ordenar o comando que fará com que a ação aconteça (que íons sódio atravessem as membranas específicas e desencadeie a ação).

Porque então é tão difícil atingirmos certas metas e objetivos?

Para responder a essa pergunta precisamos ter consciência de que, a ação voluntária se origina no lobo frontal (conforme dito anteriormente). No entanto, essa área pode ter sua função perturbada quando estamos muito ansiosos, desfocados ou deprimidos.  E, talvez aqui esteja o maior problema: para se alcançar uma meta precisamos trazê-la para nosso racional, precisamos nos motivar. Uma das formas de se fazer isso é definir suas metas racionalmente e, acima de tudo estimular as funções executivas constantemente para que os impulsos e os fatores “desmotivadores” sejam controlados, diminuindo assim nossa vulnerabilidade e probabilidade de fracasso. Assim sendo, exija que seu cérebro seja ativado, constantemente, através de exercícios cognitivos (leitura, jogos de memorização e atenção, exercícios de raciocínio…) e exercícios físicos regulares. Além disso, permita-se ser positivo e perca as crenças negativas e o insistente “não sou capaz” que alimenta grande parte dos seres humanos. Acredite em você e reconheça sua força e qualidades.

Hoje finalizo com uma frase de Albert Einstein “a mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”

Namastê e até a próxima!

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP); mestre em educação física, pós-graduada em neurociência e pós-graduanda em psicossomática

A NATUREZA, O CÉREBRO E O PODER DA GRATIDÃO

A NATUREZA, O CÉREBRO E O PODER DA GRATIDÃO

Sabe aquele final de domingo, no silêncio, no banco do jardim, sentindo o perfume do Jasmim? Um momento para trazer a consciência para o momento presente, a vida que pulsa e movimenta, o cantarolar dos pássaros, o germinar das plantas, a natureza que nutre e nos alimenta de todas as formas.

 

O contato com a natureza tem o dom de acalmar, relaxar, esses sentimentos atuam na liberação da endorfina, trazendo essa sensação de leveza e tranquilidade, melhorando o humor, o que ameniza o estresse, a ansiedade e a depressão.

 

Imbuídos dessa leveza, sentimo-nos motivados a refletir sobre a nossa verdade e de repente o sol, reaparece, traz luz a nossa realidade, desperta nossa consciência, para que valorizemos os caminhos da vida, erros, acertos, um novo recomeço, recheado de infinitas possibilidades e a clareza da gratidão pela vida.

 

Neste momento, veio como inspiração, a aprendizagem, o poder da gratidão em nossas vidas, à possibilidade de mudar a nossa perspectiva, e através de escolhas conscientes abrir um canal para co-criarmos um universo de bons sentimentos, pensamentos e ações. Quando inundamos nossos pensamentos com sentimentos de gratidão, passamos a ativar nosso sistema de recompensa do cérebro, localizada numa área chamada Núcleo Accubens. Esse sistema é responsável pela sensação de bem estar e prazer do nosso cérebro. Quando nosso cérebro identifica que algo de bom aconteceu em nossas vidas e somos gratos por isso, ocorre a liberação do neurotransmissor dopamina, o qual aumenta a sensação de prazer. As pessoas que tem o hábito de manifestar gratidão vivem em níveis elevados de otimismo e vitalidade.

 

A exuberância da natureza desperta em nós o poder da gratidão, levando-nos ao encantamento diante da beleza e do mistério da vida. Alguém ou algo nos toca, como a natureza me tocou, e nos tornamos maravilhados, a alma resplandece, torna-se tomada pela ternura, pelo estado de graça.

 

A gratidão nos ensina a exercitar o amor, a compaixão, o olhar grato independente da situação que se apresenta. Distribuir sorrisos, olhares, abraços de conforto, solidariedade, de gratidão que nos permitem identificar o quão preciosa pode ser a composição do nosso dia a dia, basta nos tornarmos sensíveis e atentos para perceber como a vida oferece dádivas sem nos darmos conta.

 

É gratificante ser inundada por pessoas gratas em vez de vozes que reclamam o tempo todo! Agradecer é celebrar a vida. Para praticar a gratidão faz-se necessário uma decisão consciente, disposição e disciplina. Observe e amplie o olhar para cada detalhe de seu dia, sempre há algo para agradecer!

 

A todos que estão lendo nesse momento, peço que fechem por um instante os olhos e se conectem com algo que os faça se sentir profundamente gratos!

Gratidão a todos!

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br