Arquivos por mês dezembro 2018

SENTIMENTOS NEGATIVOS ADOECEM   

SENTIMENTOS NEGATIVOS ADOECEM       

Imagine que existe um ponto dentro de você capaz de melhorar sua energia vital, capaz de te tornar mais forte através do fortalecimento de seu sistema imunológico… agora pare de imaginar e saiba que esse ponto existe e ele pode  ajudar significativamente sua saúde: conheça seu chakra cardíaco.

As pessoas costumam dizer que o ódio, a mágoa (incluo também o pessimismo) fazem adoecer, no entanto, as pessoas talvez não imaginem a veracidade “fisiológica” dessa crença.  E a explicação para os malefícios dos sentimentos negativos está numa glândula minúscula, mas de gigantesca importância para nossa saúde, chamada timo.

O timo (thymus em grego)  significa  alma, coração, emoção, espirito. De acordo com o autor Fausto, essa pequena glândula (através da timosina) é responsável pela produção e maturação dos linfócitos T, sendo assim, fundamental para a resposta imunitária do organismo, ou seja, nossa defesa.

Muito interessante citar que essa glândula está diretamente relacionada ao chakra cardíaco, um dos pontos de energia primordiais para nossa energia vital. Esse chakra está diretamente ligado a vontade de viver e, não por acaso,  está diretamente relacionado a capacidade de amar e ter compaixão.

Segundo vários autores, entre eles Ramos, Meadow, Wauters a abertura ou ativação desse chakra torna a pessoa mais receptiva à vida, mais feliz, tolerante, acolhedora, menos julgadora e geradora de amor e paz. Mais que isso, a abertura desse chakra, à prática do amor, da benevolência, fortalece a glândula do timo, fortalecendo consequentemente nosso sistema imunológico.

Portanto, o amor, a tolerância, a compaixão, o perdão, o cultivo de pensamentos bons e positivos são sim “antídotos” eficientes para seu sistema cardíaco e imunológico. E tudo isso depende de atitudes e exercícios diários de aprimoramento, e auto conhecimento pois diariamente somos testados e colocados à prova na nossa capacidade de resistirmos aos nossos instintos mais primitivos de raiva, intolerância, julgamento, mágoa, pessimismo etc.

Segundo Freud “ a inteligência é o único meio que possuímos para dominar nossos instintos”. Então coloque sua cabeça para funcionar, não permita que seu cérebro fique à deriva remoendo pensamentos e mágoas passadas; pratique mais a tolerância (cada um carrega uma história que você pode desconhecer), exercite o otimismo e a gratidão.

Claro que não é fácil, somos seres humanos e estamos aqui para aprender e evoluir; mas lembre-se é nas dificuldades que crescemos. Se fosse fácil, a vida não seria tão preciosa como é.

Namastê e até a próxima!!

Ms. Alessandra Cerri;

sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP), mestre em educação física, pós-graduada em neurociência aplicada à longevidade, pós-graduanda em psicossomática 

                          

MULHERES E A SUA JORNADA PELA VIDA

MULHERES E A SUA JORNADA PELA VIDA

Essa semana deparei-me com uma citação de Strickland Gillian: “Você pode ter baús cheios de joias e arcas cheias de ouro; riquezas materiais sem fim. Mais rico, do que eu você nunca será – eu tive uma mãe que lia para mim.”

Nesse instante fiz um resgate e voltei ao tempo, lembrei, então, da menina que habita meu ser e que me transportou aos momentos vividos na fazenda de meu avô, com os afazeres domésticos, do campo e as tarefas escolares, que culminavam com o aconchego das contações de histórias de minha mãe, nas tardes primaveris embaixo do tamarindeiro, responsável pela imensa sombra na grama macia. Assim, posso considerar-me rica, pois tive uma mãe que lia para mim, uma mulher que enviuvou cedo, tendo em seus braços quatro filhos pequenos, continuou sua jornada como guerreira, mulher, mãe, filha, profissional exemplar. Uma mulher em sua jornada pela vida, como tantas outras, que quer apenas VIVER e ser feliz.

Acho pertinente, convidar Susan Maushart para contribuir com essa reflexão sobre a representatividade desse VIVER para nos MULHERES. Em suas pesquisas, a autora citada, constatou que as mulheres querem:

  • A liberdade de decidir, elas mesmas, como viver, com autonomia para suas próprias escolhas, entendendo que não precisa se obrigar a uma escolha definitiva;
  • A possibilidade de serem quem são – e de serem exaltadas por isso à noite e valorizadas por isso de dia;
  • Querem contar com as infinitas possibilidades e gerenciá-las para uma vida feliz, satisfatória e significativa;
  • Dentro dessas perspectivas, querem formular a sua própria definição de felicidade, levando em conta o alerta de Debora Dubner: “Não há verdade única, tempo certo ou opinião soberana. Somos pequenos raios de coloridas mandalas que reluz perspectivas e verdades relativas.”

 

Talvez esse Viver para as mulheres, com suas buscas constantes, esteja na capacidade de reconhecermos o viver em todas as suas nuances: menina e mulher; mãe e filha; esposa, amante e profissional; com TPM, sem TPM; na menopausa ou não. Todas buscando a plenitude da vida entre o doar e receber; pedir e agradecer; amar e odiar; ser forte e ser frágil, caminhar e parar; seguir adiante e dar um passo para trás; falar e silenciar; cansar e energizar; sorrir e chorar; buscando compreender a dualidade e paradoxos da vida, pois como nos diz Claudia Riecken, “os melhores sobreviventes e os mais resilientes vivem bem com essas características duais, paradoxais. São capazes de migrar entre elas, conforme a necessidade, porque estão mais em contato com sua natureza essencial (…) a alma é livre para seguir qualquer caminho.

Quanto há na essência de cada MULHER!

Não importa quantos anos de vida ela tenha, todas querem viver plenamente cada dia, acolhendo sua sombra e deixando sua essência e seu brilho resplandecer, pois quando optamos por viver do modo mais pleno e iluminado possível, muitas outras pessoas que estiverem por perto serão contagiadas, se assim, se permitirem.

Desta forma, acredito, encontramos os passos que ancoram nossa jornada como Mulheres!

 

            Maristela Negri Marrano

Sócia-Diretora do CLAP – Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba

maristela@centroclap.com.br

 

 

SOMOS VASOS QUEBRADOS

SOMOS VASOS QUEBRADOS

Gosto muito da sabedoria oriental e, uma das que mais me encanta é a que está por trás da técnica kintsukuroi. Essa técnica, diz respeito à recuperação de louças quebradas com uma espécie de tinta de ouro realçando as rachaduras e remendos.

Constantemente buscamos perfeição; buscamos perfeição na nossa estética tentando esconder através das mais variadas técnicas e procedimentos nossas imperfeições obtidas com o passar do tempo; buscamos perfeição das pessoas que estão ao nosso lado e buscamos perfeição em nossos afazeres e em nossas rotinas.

No entanto, a beleza deveria estar justamente na imperfeição; é exatamente a imperfeição que mostra que as coisas, as pessoas ou as relações viveram experiências, tiveram histórias que deixaram marcas.

Se deixarmos um prato guardado num armário fechado a sete chaves, intocável, com certeza ele não terá nenhuma rachadura, nenhum arranhão. No entanto, ele não participou efetivamente de nenhum evento, não serviu nenhuma comida carinhosamente preparada, não esteve em nenhuma mesa “presenciando” o afeto vindo de uma refeição entre pessoas queridas.

E assim somos nós; se não convivermos ou não nos envolvermos diretamente com as pessoas, provavelmente, não teremos nenhuma “rachadura”, nenhum desentendimento, mas também não teremos enfrentado nenhum aprendizado de tolerância, não teremos vivenciado nenhum momento de afeto, de alegria, de troca de experiências, ou seja, não teremos criado laços ou construído histórias com ninguém.

E, se o seu vaso com alguém estiver com rachaduras… ótimo!!! Significa que é uma relação de verdade, pois relações perfeitas demais significam superficialidade. Toda vez que estamos nos relacionando de verdade com as pessoas estamos expondo nossos defeitos e, estamos buscando entender os defeitos dessas pessoas, erraremos e perdoaremos os erros simplesmente porque queremos e valorizamos esse vaso rachado e o queremos conosco apesar de tudo.

Nosso corpo, enquanto vaso também precisa ter suas “trincas” de ouro, porque significa que estamos vivos. Estamos numa caminhada e, embora possamos nos machucar, quando eventualmente tropeçarmos, ainda sim os machucados e as marcas do tempo são melhores do que o não viver.

O grande fundador da psicologia analítica Carl Gustav Jung em seus trabalhos comenta que “Ninguém pode fazer história se não quiser arriscar a própria pele, levando até o fim a experiência da própria vida…”

Então, sejamos mesmo vasos quebrados com remendos, porque esses remendos tanto os nossos, quanto o dos outros nos indicam que ainda vale a pena consertar; ainda vale a pena continuarmos caminhando, vivenciando experiências e acima de tudo, constatando que a perfeição não existe; ela é apenas uma necessidade nossa de ter controle sobre tudo e sobre todos.

Viva sem medo de entregar-se.  Até a próxima,

Namastê!!!

 

Ms. Alessandra Cerri;

Sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP), mestre em educação física, pós-graduada em neurociência aplicada à longevidade, pós-graduanda em psicossomática  

PERTO DO MAR A GENTE É MAIS FELIZ

PERTO DO MAR A GENTE É MAIS FELIZ

A água do mar melhora nossa saúde física, psíquica, mental e espiritual.

 

Manhã de novembro entre amigos, maduros e já vividos, curtindo o gostoso feriado na praia, envolvidos pelo ar “marinho”, esquecendo-nos dos nossos compromissos, horas marcadas, ritmo acelerado da cidade. Aproveitamos a manhã ensolarada para uma caminhada contemplativa sobre a areia fina e macia, entre a multiplicidade das conchas, diversidade da vegetação, enfeitiçados pelas ondas, pelo vento, pelas gaivotas no ar a espreita de seu desjejum. Colocando a conversa e as risadas em dia, não percebemos o tempo passar, pois estar no mar, faz com que nos sintamos imunes à passagem do tempo e quando nos demos conta, nosso estômago já estava a reclamar pela hora do almoço.

Chegando ao restaurante, simples, aconchegante, com toalhas de chita colorindo o ambiente, deparamo-nos com a seguinte citação: “Perto do mar a gente é mais feliz”, não mencionava o nome do autor. A respectiva frase tocou minha alma, instantaneamente fechei meus olhos,  os sentimentos, as sensações fluíram com precisão e simplicidade, trouxe-me mais intimidade, deixando-me mais desperta para resgatar o momento e a percepção dos benefícios de estar no mar.

O prazer do sol aquecendo minha pele, o cheiro do mar, o barulho do vai e vem das ondas, o cantarolar dos pássaros, percepções que nos induzem ao relaxamento, a introspecção, ao encontro consigo mesma. Ao descansar e repousar o meu olhar e todo o meu corpo no horizonte azul que desponta a minha frente, unindo o céu e o mar, minha mente desperta e eu me deparo com a imensidão, com a grandeza do Universo que nos acolhe, com as infinitas possibilidades, um momento de transcendência do ser, da compreensão de que fazemos parte de um todo, uma rede de conexão que nos conecta a tudo e a todos. Estar junto à natureza faz com que a gente se sinta conectada com nossa essência, e essa conexão nos deixa mais felizes.

Viver perto do mar melhora de maneira significativa a nossa saúde física, psíquica e mental, revela o estudo desenvolvido pela Universidade de Exeter no sudoeste da Inglaterra. Um banho de mar lava o nosso corpo e a nossa alma, reduz os níveis de estresse e garante melhor qualidade de vida, pois o “segredo” está na composição de grandes massas de água salgada: cloreto de sódio, magnésio, cálcio e sulfatos.

Vários estudos (Universidade da Califórnia – EUA; Hospital Royal Prince Alfred – Austrália; Universidade Federal do Rio Grande do Norte – Brasil), comprovam que a água do mar traz muitos benefícios para a nossa saúde, fortalece o sistema imunológico, traz alívio para o nariz e pulmão, pois a inalação de uma solução de água salgada resulta em muco nasal mais fino, redução de tosse e melhoria das funções pulmonares. Contribui com a redução da dor em doenças crônicas, já que o contato com a água fria permite liberação de hormônios (endorfinas, adrenalina, cortisol) e consequente alivio da dor. A água marinha também é excelente para a saúde da pela, devido às propriedades antissépticas da água salgada para curar feridas e aliviar inflamações. Ao mergulhar no mar, o sal restaura nossas energias, diminui a depressão e nos proporciona uma deliciosa noite de sono.

Os sons do mar ativam o córtex pré-frontal do cérebro, área associada a emoções e autorreflexões, fazendo com que a capacidade de bem-estar e autoconhecimento seja ampliada, favorecendo a sensação de paz e equilíbrio, como um maravilhoso presente do mar.

Sejam todos bem vindos ao mar!

Gratidão.

 

Maristela Negri Marrano

Pós-graduada em Neurociências aplicadas a Longevidade – UFRJ

Mestre em Educação Física – UNIMEP

Sócia-Diretora do Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba – CLAP

maristela@centroclap.com.br