O termo resiliência emprestado da física que diz respeito à capacidade de se enfrentar dificuldades, se recuperar frente às adversidades é um dos principais conceitos para o bem viver, com impacto direto em nossa saúde, humor e relacionamento com outras pessoas.
Pois bem, se olharmos atentamente a natureza perceberemos que além de nos possibilitar a vida e nos presentear com sua beleza, ela nos mostra diariamente seu enorme potencial de resiliência. Através dela podemos ganhar preciosos ensinamentos.
Observo encantada, todos os dias uma flor linda que tenho no lago da minha casa chamada Ninféia (da família da Vitória Régia). Essa flor é uma prova viva e uma bonita lição da importância da resiliência na vida.
Ela fica submersa, fechada resistindo a essa condição imperfeita durante muito tempo. Enquanto ela está dentro da água permanece fechada para se proteger e poupar suas energias; no entanto ela está lá viva, apenas quieta, esperando o momento certo. E então, quando o sol começa a aparecer ela começa a sair da água, vindo para a superfície e se abre lindamente, cumprindo seu objetivo de embelezar o ambiente e permitir a perpetuação da espécie.
Estamos de quarentena, obviamente não é nossa condição perfeita; estamos como a ninféia embaixo da água, ou mais especificamente “dentro de casa confinados” então precisamos nos adaptar a essa condição nos protegendo de coisas que nos tiram a força e energia (como notícias alarmistas, pessoas pessimistas ou vírus contagioso) porque essa situação é passageira e daqui a pouco sairemos de nosso “fechamento” e nos abriremos para vida e suas belezas .
Mas por enquanto que sejamos como a ninfeia: ela simplesmente se adapta, se protege, confia e aguarda o momento certo de vir para a luz. Que aproveitemos esse momento de fechamento (de introspecção) para avaliarmos as reais necessidades e importância dos seis aspectos que definem nossa vida: físico, mental, social, espiritual, profissional e familiar. Que aproveitemos para avaliar os principais fatores que podem desequilibrar essas nossas “facetas”.
O que é realmente necessário para você? O que realmente te dá força enquanto você está “embaixo da água” e te motiva, te possibilita vir para superfície? Ao responder essas perguntas você verá que talvez esteja focando grande parte de suas energias valorizando coisas supérfluas.
Tudo na vida é impermanente, essa é alias a lei mais importante da espiritualidade (na minha opinião) e, termos consciência disso nos ajuda a entender que os momentos ruins passarão, por isso não devemos temer e nem reclamar para não gastarmos energia focando no negativo e, os bons também passarão por isso devemos vive-los intensamente com alegria, gratidão e sabedoria.
Até a próxima, namastê!
sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP); mestre em educação física, pós-graduada em neurociência e pós-graduada em psicossomática.
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