Os filmes muitas vezes tem essa missão de nos passar ensinamentos; depende do telespectador buscar as mensagens e tentar trazê-las para a realidade. Assisti ao filme “Extraordinário” (título perfeito, aliás) e me surpreendi com as muitas lições que ele nos traz.
Pois bem, o filme em questão conta a história de um menino que nasceu com uma deformidade e, que por muito tempo evita o convívio com a sociedade por ser diferente. Então chega o momento de ir para a escola e, inevitavelmente, enfrentar seus medos e as sombras dos outros; sim porque aqueles que expressam qualquer tipo de preconceito na verdade estão se revoltando contra suas próprias sombras (por hora fiquemos por aqui, pois esse assunto é extenso).
Continuando… alguns personagens mostram a importância de atitudes, por vezes simples, para a transformação de crenças e paradigmas que empobrecem uma sociedade. Nesse filme vemos o papel fundamental dos pais na orientação e no encorajamento dos filhos sem, no entanto, instigar o enfrentamento violento ou hostil.
Mostra também o papel de um professor comprometido em passar lições de vida, que por tantas vezes são muito mais necessárias que os assuntos previstos nas grades curriculares rígidas e “robotizantes”. Mais que isso, mostra o papel decisivo de um diretor que percebe as virtudes e as características mais nobres de cada aluno e as valoriza para fazer da escola um ambiente que agrega, que potencializa as capacidades de cada um. Sim as pessoas, felizmente, são diferentes e saber realçar essas diferenças pode significar um grande talento.
Mostra ainda que a gentileza e a compaixão são facilmente espalhados e contagiados, basta que uma pessoa corajosa enfrente e quebre o “costume padrão”. E numa parte muito educativa e verdadeira mostra uma situação que, infelizmente, vejo cada vez mais comum: o preconceito, o bullying é ensinado em casa, pelos pais porque a criança por si só não nasce discriminando, não nasce querendo humilhar, ela apenas reproduz o que ouve e vê.
Mas é do personagem principal o pequeno-grande menino que recebemos uma das maiores lições: ainda que as pessoas ao seu redor sejam medíocres, agressivas; ainda que sua vida não seja perfeita, veja o melhor lado de cada um, fortaleça-se na adversidade e distribua gentileza. As pessoas extraordinárias são aquelas que são fortes sem perder a docilidade, lideram sem oprimir e ensinam sem humilhar. Até a próxima,
Namastê!
Ms. Alessandra Cerri; sócia-diretora do centro de longevidade e atualização de Piracicaba (CLAP)