Essa semana deparei-me com uma citação de Strickland Gillian: “Você pode ter baús cheios de joias e arcas cheias de ouro; riquezas materiais sem fim. Mais rico, do que eu você nunca será – eu tive uma mãe que lia para mim.”
Nesse instante fiz um resgate e voltei ao tempo, lembrei, então, da menina que habita meu ser e que me transportou aos momentos vividos na fazenda de meu avô, com os afazeres domésticos, do campo e as tarefas escolares, que culminavam com o aconchego das contações de histórias de minha mãe, nas tardes primaveris embaixo do tamarindeiro, responsável pela imensa sombra na grama macia. Assim, posso considerar-me rica, pois tive uma mãe que lia para mim, uma mulher que enviuvou cedo, tendo em seus braços quatro filhos pequenos, continuou sua jornada como guerreira, mulher, mãe, filha, profissional exemplar. Uma mulher em sua jornada pela vida, como tantas outras, que quer apenas VIVER e ser feliz.
Acho pertinente, convidar Susan Maushart para contribuir com essa reflexão sobre a representatividade desse VIVER para nos MULHERES. Em suas pesquisas, a autora citada, constatou que as mulheres querem:
Talvez esse Viver para as mulheres, com suas buscas constantes, esteja na capacidade de reconhecermos o viver em todas as suas nuances: menina e mulher; mãe e filha; esposa, amante e profissional; com TPM, sem TPM; na menopausa ou não. Todas buscando a plenitude da vida entre o doar e receber; pedir e agradecer; amar e odiar; ser forte e ser frágil, caminhar e parar; seguir adiante e dar um passo para trás; falar e silenciar; cansar e energizar; sorrir e chorar; buscando compreender a dualidade e paradoxos da vida, pois como nos diz Claudia Riecken, “os melhores sobreviventes e os mais resilientes vivem bem com essas características duais, paradoxais. São capazes de migrar entre elas, conforme a necessidade, porque estão mais em contato com sua natureza essencial (…) a alma é livre para seguir qualquer caminho.
Quanto há na essência de cada MULHER!
Não importa quantos anos de vida ela tenha, todas querem viver plenamente cada dia, acolhendo sua sombra e deixando sua essência e seu brilho resplandecer, pois quando optamos por viver do modo mais pleno e iluminado possível, muitas outras pessoas que estiverem por perto serão contagiadas, se assim, se permitirem.
Desta forma, acredito, encontramos os passos que ancoram nossa jornada como Mulheres!
Sócia-Diretora do CLAP – Centro de Longevidade e Atualização de Piracicaba
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